Sublimação com ferro elétrico dá certo?

 

 

Só consigo fazer sublimação com prensa térmica?

Posso substituir a prensa térmica pelo ferro para fazer a sublimação no meu tecido?

Comprei uma arte impressa no papel sublimático, mas não tenho a prensa.

A minha estampa fica boa se eu usar o ferro elétrico para transferir a imagem para o tecido?

Essas são algumas de suas dúvidas?

Vamos ver que sim, dá para fazer a sublimação com o ferro elétrico.

Dá para fazer a sublimação sem ter uma prensa térmica, mas tem os prós também.

Se você for fazer um trabalho para seu uso próprio e não for muito grande, tudo bem, até acho válido.

Vamos fazer a sublimação de uma mesma estampa em mais de um jeito, com prensas e com ferro elétrico, para ver a diferença.

A tinta sublimática para ser transferida para o tecido precisa de calor, tempo e pressão.

Com a prensa você consegue atingir a temperatura de 200° com pressão por 30 segundos.

No ferro elétrico você consegue ficar segurando por 30 segundos e fazer pressão, já a temperatura além dela não chegar a 200°, no ferro ela oscila deixando de transferir toda tinta para o tecido. O resultado é uma imagem menos nítida, cores mais apagadas e com diferença de tonalidades, além de não atingir toda área se for uma estampa maior que o ferro e sem querer você pode mover o papel e fazer uma sombra, que é chamada de efeito fantasma.

A pressão que você vai exercer sobre o papel sublimático com o ferro elétrico, também muda, parece pouco tempo 30 segundos, mas é uma eternidade quando você fica esperando, e isso faz você exercer diferente pressão sobre o material, acarretando uma imagem mais fraca.

Nada vai impedir de você começar usando o ferro, ainda mais se for para pequenos trabalhos.

Analise o resultado e faça a sua escolha na hora certa.

Agora vamos falar de prensa térmica!

Uma possibilidade de prensa, é a prensa térmica portátil Easy Press, ela tem quatro tamanhos diferentes desde a bem pequena até o tamanho de uma folha de sulfite. Isso é bem legal porque você pode fazer a sua impressão no papel sublimático A4 e transferir com essa prensa, parece muito um ferro elétrico, só que atinge 200° e a temperatura se mantem.

Outra coisa muito legal nessas prensas é a facilidade de manuseio, tanto para fazer a sublimação direto em uma peça de roupa sem deixar aquelas marcas de dobra na sua peça (vinco), como para fixar um patch termocolante no local exato, dependendo do tamanho da sua prensa portátil você fixa facilmente o seu trabalho no local desejado.

Imagina um body de bebê, na prensa tradicional, não tem como “vestir” na bandeja, resultando alguns vincos na peça, tanto para fazer a sublimação ou a fixação de um patch termocolante; e em um tênis então, impossível.

O que é ruim nessas prensas é que a pressão, você quem terá que exercer, só será um pouco diferente porque ela é maior e anatômica, assim a distribuição do calor e pressão serão iguais, mas é você quem terá que fazer essa pressão.

Outro detalhe ruim é o preço, o valor dessas prensas portáteis é alto, equivale a uma prensa tradicional, para uma produção não compensa a portátil.

O ideal é ter a prensa térmica tradicional e a portátil, nenhuma vai resolver tudo sempre.

Mas dá para começar com apenas uma, depois se for preciso investe em mais modelos.

Essas são prensas térmica de bancada.

Abertura lateral, tamanho A3

Abertura para cima, boca de jacaré de bandeja

Até prensas térmicas para maiores áreas

Sublimação em tecido

Agora vamos fazer na prática a sublimação em um tecido.

Faremos na prensa térmica convencional, na easy press e no ferro elétrico.

Esses são os resultados que fiz no tecido Gabardine e no tecido tac tel, ambos 100% poliéster.

Tecido Gabardine, acima prensa convencional, lado direito easy press e lado esquerdo o ferro elétrico. Observe o resíduo de tinta que fica no papel quando a sublimação é feita pelo ferro elétrico.

Tecido Tac tel, acima prensa convencional, lado direito easy press e lado esquerdo o ferro elétrico. Observe o resíduo de tinta que fica no papel quando a sublimação é feita pelo ferro elétrico.

Eu particularmente gosto mais do resultado no tac-tel.

Tenho a sensação de que a imagem fica mais nítida, talvez seja por conta da textura do tecido.

Também no tac tel por ser mais fino o toque fica mais gostoso e quando aplicamos o termocolante para fazer o patch termocolante não fica grosso.

Agora as imagens em separado para melhor observação.

Ferro elétrico na gabardine e tac tel

Easy press na gabardine e tac tel deixei até a marquinha da mini easy no tecido para vermos, ela tem que cobrir toda área do papel.

Prensa térmica na gabardine e tac tel

E aí gostaram dos resultados? Espero que sim e que eu tenha ajudado vocês!